O uso do arquivo e sua relação com a escrita da história constituem o objeto de reflexão deste ensaio de Arlette Farge, que escreve a partir de sua experiência de trabalho com documentos policiais do século XVIII na França. Escrita do ponto de vista de uma historiadora tomada da paixão por arquivos, a narrativa descreve o mundo das bibliotecas em tom muitas vezes pessoal e irônico, convidando o leitor a participar do prazer de frequentar esses espaços. O arquivo petrifica momentos ao acaso e na desordem, despertando naquele que o lê um efeito de certeza. A palavra dita, o objeto encontrado, o vestígio deixado tornam-se representações do real. Mas o historiador não é um fabulista redigindo fábulas, e impõe-se a reflexão. O trabalho com o arquivo constitui, assim, um jogo de aproximações e oposições entre o acidental e o singular, o único e o coletivo, o sentido e a verdade, as formas de expressão popular e a linguagem do historiador.
| Informações técnicas | |
| Número de Páginas | 120 |
| Ano de Publicação | 2009 |
| Editora | EDUSP |
| Autor | ARLETTE FARGE |
| ISBN | 9788531411670 |
| Comprimento (cm) | 21 |
| Largura (cm) | 16 |

