Apesar de terem sido escritas há décadas, e de se endereçarem ao filho do oficial que administrava a máquina de extermínio nazista, as cartas reproduzidas neste livro possuem uma atualidade na menos que assombrosa. A seu interlocutor, Klaus Eichmann, primogênito de Adolf — caçado, julgado e condenado à forca por Israel no início dos anos 1960 —, o filósofo judeu Gu¨nther Anders esclarece que não quer remexer o passado, mas falar do futuro: “é necessário buscar aquelas raízes que não se extinguiram após o colapso do sistema do terror de Hitler e de seu pai”. Seu maior pesadelo é a repetição da monstruosidade, que para ele é resultado do avanço frenético da técnica e da incapacidade do ser humano de sequer imaginar a magnitude do poder de destruição que desenvolveu. Ao tentar convencer o filho a romper com a herança paterna, fica claro que Anders está falando a todos nós, conclamando ao pensamento crítico e à consciência sobre em que medida nossas ações cotidianas, nosso trabalho, a forma como inocentemente ganhamos a vida, contribui para a destruição do mundo — e do outro.
Informações técnicas | |
Número de Páginas | 416 |
Ano de Publicação | 2019 |
Editora | ELEFANTE |
Autor | GUNTHER ANDERS |
ISBN | 9788593115677 |
Comprimento (cm) | 21 |
Largura (cm) | 14 |
Nós, filhos de Eichmann: carta aberta a Klaus Eichmann
- Editora: ELEFANTE
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