As primeiras décadas da República são em geral caracterizadas como um período de absoluta exclusão, em especial para trabalhadores negros e pardos deixados de lado por uma abolição que não se preocupou com seu acesso à cidadania. Como resultado, esses sujeitos são muitas vezes representados como vítimas passivas do novo regime em seus primeiros tempos. É na contramão dessa ideia que se desenvolve o argumento deste livro. Sua proposta é a de analisar como homens e mulheres afrodescendentes fizeram de seus clubes dançantes e carnavalescos um meio de inserção na nova ordem republicana. Divertindo-se com seus maxixes, forrobodós e sambas, eles desnudaram as contradições daquela ordem que tentava excluí-los, assumindo papel ativo no próprio processo de redefinição da nacionalidade que se afirmaria ao longo da década de 1920. Leonardo Affonso de Miranda Pereira é professor associado do Departamento de História da PUC-Rio, com doutorado em História Social pela Unicamp (1998). É autor de O carnaval das letras (Editora da Unicamp, 2004) e organizador de História de Quinze Dias (Editora da Unicamp, 2009), com crônicas de Machado de Assis.\r\n
Informações técnicas | |
Número de Páginas | 360 |
Ano de Publicação | 08.02.2021 |
Autor | Leonardo Affonso de Miranda Pereira; |
ISBN | 9786586253511 |
Comprimento (cm) | 2 |
Largura (cm) | 16 |
Altura (cm) | 23 |
A cidade que dança - Clubes e bailes negros no Rio de Janeiro (1881-1933)
- Editora: UNICAMP
- Modelo: 506700739
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