A Biopolítica da Beleza examina como a beleza se tornou um objetivo da saúde nacional no Brasil. Por meio de um trabalho de campoetnográfico realizado em hospitais brasileiros, o autor mostra como cirurgiões plásticos e pacientes atuam no sistema público de saúde a fim de transformar a beleza em um direito básico de saúde.
O livro remonta a história da preocupação nacional com a beleza à eugenia brasileira, que estabeleceu a beleza como um sinal do aprimoramento racial da nação. Jarrín explica, então, de que maneira os cirurgiões plásticos se tornaram os principais proponentes da raciologia da beleza, usando-a para ganhar o apoio do Estadobrasileiro. A beleza pode ser entendida como uma forma de valor que Jarrín chama de capital afetivo, que está associada às hierarquias da sociedade brasileira e as intensifica. Os pacientes experienciam a beleza como parte central do pertencimento nacional e de suas aspirações à mobilidade social ascendente ligada ao gênero. Enredam-se em racionalidades biopolíticas que turvam sua capacidade de consentir aos riscos da cirurgia.
A Biopolítica da Beleza explora não somente o regime biopolítico que faz da beleza um projeto nacional desejável, mas também as formas sutis pelas quais a beleza está carregada de valor afetivo no contexto das práticas sociais cotidianas tornando-se, assim, o território no qual hierarquias de raça, classe e gênero são
reproduzidas e questionadas no Brasil.
Informações técnicas | |
Número de Páginas | 384 |
Ano de Publicação | 20.06.2023 |
Autor | Alvaro Jarrín; Vera Ribeiro; |
ISBN | 9786556321493 |
Comprimento (cm) | 2 |
Largura (cm) | 14 |
Altura (cm) | 21 |
A biopolítica da beleza - Cidadania cosmética e capital afetivo no Brasil
- Editora: UNIFESP
- Modelo: 509800407
- Disponibilidade: Em estoque
- R$99,90
-
R$79,92