• Memória, Patrimônio, e Turismo em Perspectiva no Cais do Valongo
Em 2016, o Cais do Valongo, já reconhecido como patrimônio carioca e nacional, foi efetivamente visibilizado devido às obras de revitalização da região do atual Porto Maravilha. Escavações realizadas no local encontraram inúmeros objetos que datam do período em que esse espaço abrigou o portão de entrada dos africanos escravizados. Alçado à categoria de Patrimônio da Humanidade, chancela atribuída pela Unesco, foi então classificado como detentor de valor universal excepcional da memória da violência contra a humanidade representada pela escravidão. O caso do Cais do Valongo inspira reflexões em que a memória, enquanto campo de disputas permeado por distintos processos de produção e articulação das lembranças e esquecimentos dos diferentes sujeitos sociais, é a chave para a expansão dos debates sobre diásporas, revitalização de espaços, planejamento urbano, memórias traumáticas, patrimonialização, relações entre os contextos local e global. Conclui-se que a construção de uma memória da diáspora africana com base material na região portuária da cidade do Rio de Janeiro insere-se, sobretudo, em uma perspectiva mercantil e, desta forma, cabe um lugar especial na reflexão sobre turismo. Tal constatação conduz à observação de que o turismo guarda uma relação complexa e intrincada com a memória, pois em locais patrimonializados, via de regra, a memória se torna disponível como produto turístico.
Informações técnicas
Número de Páginas 177
Ano de Publicação 2023
Editora UFPR
Autor OLIVEIRA, MARIA AMALIA SILVA ALVES DE
ISBN 9786587448831
Comprimento (cm) 16
Largura (cm) 23

Memória, Patrimônio, e Turismo em Perspectiva no Cais do Valongo

  • Editora: UFPR
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