O livro Artes & Violências traz à discussão as complexas relações entre as linguagens artísticas e as formas de violência. É fruto das atividades integradas entre os Grupos de Pesquisa CNPq “Núcleo de Artes Visuais” (NAVIS) e “Arte, Memória e Narrativa” (AMENA). Dentre os propósitos comuns a esses grupos, está a convicção de que a arte é capaz de desestabilizar percepções e de edificar juízos críticos sobre a sociedade, bem como participar ativamente da elaboração de memórias sobre eventos que não devem ser esquecidos.
A temática do livro articula-se aos esforços de um terceiro grupo, do qual participam pesquisadores do Brasil e da Espanha, num acordo de cooperação firmado sob o projeto de pesquisa comum “Imagens de Traumas”. Como resultado dessas parcerias e dos debates ali fomentados, os capítulos desta coletânea, ao se debruçarem sobre casos históricos nacionais e internacionais em que a violência crua se sobrepõe ao poder – isto é, aquilo que na teoria do Estado é assumido como a dimensão do monopólio e uso legítimo da violência –, permitem refletir, num sentido amplo, sobre a eficácia da arte na construção de memórias sobre situações traumáticas e violentas ou, ainda, sobre a potência da arte enquanto movimento de elevação, de manutenção do que costumamos designar como humanidade. A arte faz mover, ainda que com um leve toque a partir do qual a trajetória de quem se deixa tocar se torna imprevisível. Diante da dor de uma ação violenta, a arte trama significados e faz ver o que não estava presente, abre linhas de sanidade em meio ao espasmo imobilizador e traumático que a violência, essa substância que alucina e entorpece, não cessa de produzir.
A temática do livro articula-se aos esforços de um terceiro grupo, do qual participam pesquisadores do Brasil e da Espanha, num acordo de cooperação firmado sob o projeto de pesquisa comum “Imagens de Traumas”. Como resultado dessas parcerias e dos debates ali fomentados, os capítulos desta coletânea, ao se debruçarem sobre casos históricos nacionais e internacionais em que a violência crua se sobrepõe ao poder – isto é, aquilo que na teoria do Estado é assumido como a dimensão do monopólio e uso legítimo da violência –, permitem refletir, num sentido amplo, sobre a eficácia da arte na construção de memórias sobre situações traumáticas e violentas ou, ainda, sobre a potência da arte enquanto movimento de elevação, de manutenção do que costumamos designar como humanidade. A arte faz mover, ainda que com um leve toque a partir do qual a trajetória de quem se deixa tocar se torna imprevisível. Diante da dor de uma ação violenta, a arte trama significados e faz ver o que não estava presente, abre linhas de sanidade em meio ao espasmo imobilizador e traumático que a violência, essa substância que alucina e entorpece, não cessa de produzir.
Informações técnicas | |
Número de Páginas | 270 |
Ano de Publicação | 2020 |
Editora | INTERMEIOS |
Autor | ROSANE KAMINSKI; VINÍCIUS HONESKO; LUIZ CARLOS SEREZA |
ISBN | 9786586255096 |
Comprimento (cm) | 23 |
Largura (cm) | 16 |