• Tratado dos Anjos Afogados
“Fala-se em vão de justiça, enquanto o maior dos navios de guerra não se despedaçar contra a fronte de um afogado” - Paul Celan
Aqui não atravessamos o poema: somos por ele varados. Ficamos abertos, fendidos para o encontro, “vítimas vivas / do tempo”, no fogo ondulante entre o ainda-não e o não-mais. Somos passagem, sopro que anima o poema e dá vôo à grande Fênix que ele foi, é e será. Chegamos a esta clareira da presença, a este Ainda-e-Sempre de que falava Paul Celan, poeta de luz submersa em sombra, de quem Marcelo Ariel conhece a flor.
“Suavemente penetrei num jardim / onde a única árvore existe”, canta Ariel. Aqui estamos, onde o sonho se cristaliza, aqui nos encontramos, onde a orquídea do silêncio se arregaça, juntos colhemos da palavra o seu bastante: tudo o que lhe falta dizer.
Ariel, na sua “intuição selvagem”, escreveu uma vez que gostaria de pintar “apenas as nuvens, o mar e as folhas que caem no chão”. Misturadas as tintas e as águas, tempos depois, um raio explode no coração do mundo, como em uma das telas incendiárias de William Turner: o Tratado dos anjos afogados.

Informações técnicas
Número de Páginas 2016
Ano de Publicação 2008
Editora LETRA SELVAGEM
Autor MARCELO ARIEL-
ISBN 9788561123000
Comprimento (cm) 21
Largura (cm) 14

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