“Na grande maioria das vezes, quando pensamos nos gladiadores, a primeira imagem que aparece em nossas mentes é a de homens armados lutando no centro das arenas. A vinculação arena/gladiador torna-se tão natural que raramente pensamos que o combate em si, isto é, a participação em um munus, constitui-se apenas em alguns momentos de suas vidas. [...] Seguramente, esses lutadores desenvolveram outras atividades fora das arenas: passaram boa parte de seu tempo treinando nos ludi, onde também descansavam e comiam, tinham amigos e, em alguns casos, mulheres e filhos. [...] Afinal, esses homens conviviam. E por conviverem, tinham suas preocupações, seus dilemas, desejos e sonhos”.