Ao falecer, em junho de 2010, José Saramago havia deixado um último projeto inconcluso em seu computador. Sob o título de Alabardas, alabardas, espingardas, espingardas - um trecho retirado da obra Exortação da guerra, de Gil Vicente -, o prêmio Nobel português criava a história de Artur Paz Semedo, um homem comum que trabalha na fábrica de armas Produções Belona S.A. Paz Semedo é o funcionário exemplar que nunca questionou as ordens de seus superiores ou se angustiou com a finalidade dos artigos fabricados na empresa. Pelo contrário, sentia mesmo certo orgulho do renome da firma e ambicionava dirigir a área de armamentos pesados. Porém, sua mulher, Felícia, uma pacifista radical a ponto de alterar o seu primeiro nome, deixou-o por não suportar mais conviver com o ofício do marido. Há sinais por toda parte de que ele já não viverá com uma consciência tão tranquila. Nesta breve narrativa já se pode sentir toda a força e beleza típicas da obra de Saramago, que sem dúvida gestava ali um romance notável sobre a condição humana e a banalidade da violência. A presente edição póstuma traz ainda ensaios iluminadores de Fernando Gómez Aguilera, Roberto Saviano e Luiz Eduardo Soares - que prestam aqui uma espécie de homenagem a Saramago ao comentar as derradeiras páginas de um dos maiores autores da língua portuguesa.
Informações técnicas | |
Número de Páginas | 112 |
Ano de Publicação | 2014 |
Editora | CIA. DAS LETRAS |
Autor | JOSÉ SARAMAGO |
ISBN | 9788535924909 |
Comprimento (cm) | 21 |
Largura (cm) | 13,7 |
Altura (cm) | 1,2 |
Alabardas, Alabardas, Espingardas, Espingardas
- Editora: CIA. DAS LETRAS
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