Tudo é impreciso quando se trata de Petrônio Árbitro, a quem a tradição atribui a autoria do Satíricon: personagem da política romana sob Nero, chegou a cônsul e chefe de cerimonial — elegantiae arbiter — no palácio do imperador, antes de ser obrigado a cometer suicídio em 66 d.C. por envolvimento numa conspiração. Seja como for, uma coisa é certa: a prosa do Satíricon não tem nada de vago ou de impreciso, pródiga que é de traços fortes, detalhes argutos e alusões ferinas. Convidando seus leitores a um riso sem cerimônias, Petrônio lança-os no meio do caos plebeu e mundaníssimo da Roma imperial, que se descortina ao sabor das cambalhotas do enredo. Seus personagens são de toda origem e de vária plumagem, de retores a gladiadores, de prostitutos a novos-ricos, cada um deles dotado de voz própria, crassa, lépida. Andam todos às voltas com o desejo e a ambição, motores centrais desse universo — e, vez por outra, também com a nostalgia e a melancolia. Têm todos, sobretudo, que se haver com a escrita cômica e paródica de seu autor, que não poupa nada nem ninguém — e que faz do Satíricon uma das obras centrais da literatura latina e — por que não? — do romance ocidental
Informações técnicas | |
Número de Páginas | 224 |
Ano de Publicação | 2021 |
Editora | 34 |
Autor | PETRÔNIO |
ISBN | 9786555250688 |
Comprimento (cm) | 22 |
Largura (cm) | 15 |