Como se explica que durante o regime militar implantado pelo golpe de 1964, a cultura e as artes de esquerda tenham florescido? Como se explica que em plena expansão da indústria cultural no Brasil, a arte tenha se tornado altamente engajada? Quais eram as correntes políticas e ideológicas que protagonizaram a resistência cultural contra a ditadura, e como o regime lidou com os artistas e intelectuais engajados? Quais as realizações e impasses do engajamento intelectual e artístico no Brasil entre os anos 1960 e 1980? Estas e outras perguntas, que não comportam respostas simplistas à base de clichês, são enfrentadas neste livro, fruto da Tese de Livre-Docência defendida pelo autor em 2011, na Universidade de São Paulo. Em tempos de incerteza, este livro nos ajuda a esclarecer o passado e nos faz pensar sobre o presente.